segunda-feira, 4 de abril de 2011

Astrónomos descobrem restos da primeira geração de estrelas que iluminou o Universo

Um grupo de astrónomos descobriu gases reminiscentes das primeiras estrelas que iluminaram o Universo e que morreram há mais de 13 mil milhões de anos. Os resultados foram publicados em Dezembro na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

05-01-2011
Os gases foram descobertos com a ajuda de dois observatórios, o VLT (Very Large Telescope), que fica no Chile e o telescópio Keck, do Havai. Os astrónomos só conseguiram identificar estas moléculas devido ao reflexo da luz vinda de um Quasar distante – uma galáxia cujo centro é um buraco negro massivo que emite uma luz intensa.
“Isto foi apenas o primeiro passo, é como encontrar um fóssil”, disse à BBC News o astrónomo Max Pettini do Instituto de Astronomia de Cambridge, no Reino Unido.
As primeiras estrelas que existiram eram feitas de hidrogénio e hélio, deram luz ao Universo. Quando morreram, despejaram material que continha elementos mais complexos como oxigénio e ferro, que foi aproveitado nos sóis que as substituíram.
A descoberta fornece informação para uma das primeiras etapas do Universo, quando este começou a formar as primeiras estrelas, cerca de 200 milhões de anos depois doo Big Bang – que aconteceu há 13,7 mil milhões de anos.
Antes, o Universo era menos variado. “É um período muito pouco conhecido, mas o Universo nessa altura era um lugar bastante chato, só recheado com hidrogénio e hélio”, explicou Pettini. Não havia luz, por isso essa época é chamada de Idade das Trevas.
“E de alguma forma, a partir desse estado inicial, o Universo mudou para uma bela mistura de estrelas, planetas e galáxias que podemos ver hoje”, sintetizou o cientista. Estes primeiros elementos juntaram-se e formaram as primeiras estrelas. Até agora não se conhecia nenhuma observação que comprovasse a existência desta primeira geração de astros.

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