segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sismos estelares

O que provocam estas explosões gigantes que abalam o Universo?


No centro de um sismo estelar encontra-se uma estrela de neutrões, que possui uma massa muito densa de protões e electrões que foram forçados a unir-se para formar neutrões.
As estrelas de neutrões têm até cinco vezes a massa do Sol, mas apenas cerca de 20 km de diâmetro. Giram a uma velocidade média de 400 rotações por segundo, mas os seus fortes campos magnéticos fazem-nas abrandar com o tempo. A maior velocidade de rotação já observada numa estrela de neutrões foi de 1.122 rotações por segundo.
Ao girar, a fortíssima força gravitacional da estrela neutraliza a sua rotação. A primeira tenta puxar o equador para dentro, enquanto as forças centrífugas resultantes da rotação tentam empurrar o equador para fora. Como resultado, a sua forma oblonga altera-se para a de uma esfera, quebrando a rígida crusta de ferro. Montanhas com escassos centímetros de altura começam a surgir pela superfície à medida que a tensão se acumula.
Por fim, a tensão na superfície atinge um nível tal que a crusta “estala” e um vasto número de raio gama e raios X são libertados sob a forma de um sismo estelar. Enquanto a geometria da estrela se reajusta, os fortes campos magnéticos perdem temporariamente energia, o que, em conjunto com a energia libertada a partir do interior da estrela, cria um dos maiores clarões de raios X conhecidos no Universo.

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